Carta à Igreja de Esmirna

Apocalipse 2.8 a 11

A igreja passava sérios problemas, mas o Espírito concede “graça e paz”.

Perseverança dos santos, depois aplicação pessoal (Mt 7), depois sermão expositivo

O fato de Jesus também ter sido acusado, perseguido e morto é suficiente para sabermos que Ele nos conhece. Assim como Ele ressurgiu em glória, nós também. A pobreza deles era acusada de malditos de Deus, mas são ricos para com Deus. Jesus também foi testado. Vale da sombra da morte.

ESMIRNA: era a cidade mais bela da Ásia. A cultura e as artes eram muito fortes lá, urbanização e arquitetura. Tinha um porto que era possível fechar. “Esteve morto e voltou a viver” fala dos 400 anos que passou destruída e reconstruída depois. Tinha a maior fidelidade à Roma. Havia lá uma grande colônia judaica.

AVISOS

Ele conhece o passado e o presente V. 9:

1.    Aviso de aflições: a sensação do que é apertado com peso ou força. A perseguição citada parece ser local, não grande tribulação, e terá período curto (“10 dias”).

2.    Aviso de pobreza (ptojia): aquele não tem sequer o essencial, pobreza absoluta. A maioria dos cristãos lá era pobre, até escravos. Um segundo motivo é que a casa dos cristãos era saqueada. Há um contraste entre a condição dela e a riqueza material dos laodicenses (3.17).

3.    Blasfêmias: Policarpo citado no culto era bispo de Esmirna e foi morto (155) por uma aliança entre judeus e gentios. Sinagoga de satanás mostra bem isso. Os judeus se denominavam a assembléia do senhor, enquanto João chama de sinagoga de satanás. ACUSAÇÕES: comer o corpo e beber o sangue - canibalismo, a festa ágape – amor orgia sexual; ameaça à estrutura familiar pelas conversões; não tinham imagens - ateísmo; eram desleais e revolucionários, pois não diziam que césar era Senhor; eram incendiários, pois falavam do fim do mundo por fogo. As tribulações produzem em nós a “paciente perseverança”. Devemos estar firmados na rocha.

Ele conhece o futuro. Não ter medo V. 10: Mostra que Jesus é o Senhor da história

4.    Aviso de cárcere: é uma ameaça junto com a promessa de ser perseguição curta (10 dias é modo de falar). Havia incerteza, de vez em quando explodia uma “aperto de parafuso” seguido de paz para os cristãos. Cárcere não era algo bom, era a antesala da morte, morria-se de esgotamento, doença ou fome.

Por estas dificuldades a carta começa com TÍTULOS DE CRISTO: O que Ele pode oferecer aos que passam por essas coisas V. 8.

1.    O primeiro e o último: promessa de que está sempre conosco. Também adverte quanto ao orgulho de Esmirna em ser a primeira da Ásia. Cristo é o primeiro e o último, não há espaço para mais nada e ninguém. Nele andamos e existimos.

2.    Esteve morto e reviveu: situação transitória de Cristo. Tornou a viver é uma experiência passada, Ele já está vivo. Significa “voltou à vida de uma vez por todas.”, é nosso sumo sacerdote. Isso significava que Cristo tinha provado o pior da vida: a agonia e morte na cruz, eles não provariam algo pior do que Ele provou. E Ele triunfou sobre a dor, a morte e nos oferece Sua conquista. Portanto Cristo exige nada menos que a obediência/fidelidade até as últimas consequências: a morte. Pagar o preço que for requerido, mesmo a própria vida, pois ela não é mais nossa, mas está escondida com Cristo em Deus. Esmirna sempre foi fiel à Roma e sabia o que era fidelidade, deviam mostrar o mesmo por Jesus. Passagem que mostre Jesus vivo à destra de Deus no trono (Hb?).

RECOMPENSAS:

Obs.: Fiel: pistos: que confia em Deus, na sua fidelidade. V 10-11

1.    Coroa: de vida Tg 1.12; de justiça 2 Tm 4.8; de alegria 1 Ts 2.19; de glória 1 Pe 5.4; que nunca perde o brilho. “De” se refere ao material de que é feito. Ganhar a coroa de vida, de justiça, de glória e de alegria é ser coroado de justiça, de alegria, de vida, de glória. Não é diadema, que e coroa real, mas stefanos, relacionada a momentos de alegria e vitória. Usada em premiações e em festas ou banquetes. Também usada para lembrar que estariam na presença dos deuses quando iam ao templo, nós teremos ara nos lembrar na presença de quem estamos. Aqui poderemos ganhar uma coroa de espinhos,mas nos espera uma de glória. A coroa da vida não é de ouro, mas uma grinalda dada ao vencedor nos jogos. É uma coroa de vida, uma vida de gozo, paz e alegria no Espírito Santo (1 Co 9.25-27). 1 Co 9.24-27 (corrida, luta e coroa); corinto era uma cidade grega, portanto sabia bem o que eram os jogos. Celebrava lá os jogos ístimicos (como panamericano). A coroa ou grinalda que ganhava murchava em poucos dias. Paulo expõe que a vida é uma batalha. O atleta só vence se estiver preparado, se treinar, e isto exige afinco, privações visando uma meta, uma conquista. É necessário combater ou esmurrar a própria carne. Mas a bíblia diz que a luta não é contra a carne e o sangue (Ef 6.12). Como se prepara? No nosso caso é na própria luta, que nunca cessa, enfrentando a oposição, as contendas da vida, as tentações com toda a fora e ajuda de Deus, as decepções com corajem. Isto nos ajuda nos amadurecimento que a mudança de um modo para outro de pensar e ser. Devemos ter uma meta e essa meta é o convite de Jesus. Não se baseia em fugir de Sua ira, mas de aceitar seu convite, perderemos muito se não o seguirmos.

2.    Não serão danificados pela segunda morte: todos os homens morrerão, por isso não devemos ter medo diante dela, mas os de Deus não sofrerão a segunda morte, isso sim vale a pena atentar. Paulo diz que nada, nem a morte nem a vida pode nos separar do amor de Deus. Segunda morte fala da morte Eterna (Ap 21.8).

J. I. Parker: “Se quisermos julgar a te que ponto uma pessoa entendeu o que é o cristianismo, descubra que valor ela dá ao fato de ser filha de Deus e de ter a Deus como seu Pai. Se este pensamento não dominar e controlar suas orações, sua adoração e toda a sua atitude perante a vida, isto quer dizer que não entendeu o cristianismo”.