O que você encontrará neste locus

Este é nosso para falar do que gostamos. A vida, os amigos, teologia, mundo eclesiástico, poesia, música. E eventualmente, do que não gostamos. Desvios da igreja, da doutrina, pósmodernidade...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

SEGUNDA CARTA DE PEDRO CAPÍTULO 3

    Esta explanação foi inspirada pela exposição que fizemos nos programa de rádio “Palavra da fé”, que vai ao ar todo domingo das 22h00min às 23h00min, na rádio 87.9 FM, Rádio Litoral Norte, que pode ser sintonizada ouvida no site WWW.litoralnorte.fm.br.
    A Segunda Carta de Pedro foi escrita para incentivar e alertar os irmãos quanto à chegada de falsos mestres. Vamos fazer um panorama do que Pedro orientou nesta carta, fazendo o sentido inverso. Primeiro falaremos acerca de um dos ensinos enganosos desses falsos mestres quanto à vinda de Cristo (capítulo 3), em seguida falaremos acerca do caráter, das ações e do fim desses falsos mestres (capítulo 2), por último mostraremos o que o Apóstolo nos diz sobre os incentivos de viver de acordo com a fé que recebemos, bem como a que maneira deve ser esse viver.
    Comecemos então com o capítulo 3, que não abordaremos verso a verso, mas de forma tópica.
    Esses falsos mestres, embora cristãos, não apenas negavam a vinda de Cristo, mas também escarneciam dos que criam nela. É o que nos diz os versos 3 e 4:
Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores com zombaria andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
    Os falsos mestres, que andam guiados por seus próprios desejos carnais, só pensavam no que podiam desfrutar desta vida, desprezando a vinda de Cristo. Eles afirmavam que o mundo sempre foi assim, e que nada mudaria. Por que eles insistiam nesse pensamento? Bem, sendo o Dia de Cristo o mesmo que é descrito acerca do Dia do Senhor, no antigo testamento, será um dia de juízo, onde Deus julgará todos os homens por seus, atos, pensamentos e desejos, suas palavras e omissões. Não é algo confortável para pessoas que defendiam que o pecado não nos contaminava, como estes mestres, como veremos no capítulo 2 e como corroboram as epístolas de João e Judas. É mais fácil viver em dissolução se crermos que não seremos punidos por isso. Vejamos o que nos diz o versículo 10: “Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão descobertas”. Eis aí o Dia de Cristo.
    Contudo, podemos identificar alguns argumento de Pedro que nos dão certeza de que esse dia é certo:
1) 3.5,6 A Palavra de Deus é verdadeira: quando disse “faça-se”, tudo se fez.
Pois eles de propósito ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste; pelas quais coisas pereceu o mundo de então, afogado em água;
2) 3.7 A palavra de Deus sustenta toda a criação.
Mas os céus e a terra de agora, pela mesma palavra, têm sido guardados para o fogo, sendo reservados para o dia do juízo e da perdição dos homens ímpios.
3) 2.4: Deus não poupou os anjos que pecaram.
Porque se Deus não poupou a anjos quando pecaram, mas lançou-os no inferno, e os entregou aos abismos da escuridão, reservando-os para o juízo
4) 2.5: Deus não poupou os homens dos dias de Noé.
Se não poupou ao mundo antigo, embora preservasse a Noé, pregador da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;
5) 2.6: Deus não poupou Sodoma e Gomorra e as cidades vizinhas
Se, reduzindo a cinza as cidades de Sodoma e Gomorra, condenou-as à destruição, havendo-as posto para exemplo aos que vivessem impiamente;
6) 1.19: profetas anunciaram esse dia.
E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações;
Pois o dia do SENHOR está próximo para todas as nações. Como você fez, assim lhe será feito. A maldade que você praticou recairá sobre você (Ob 1.15).
Enoque, o sétimo a partir de Adão, profetizou acerca deles: “Vejam, o Senhor vem com milhares de milhares de seus santos, para julgar a todos e convencer todos os ímpios a respeito de todos os atos de impiedade que eles cometeram impiamente e acerca de todas as palavras insolentes que os pecadores ímpios falaram contra ele” (Jd 14,15).
7) 1.16-18: Jesus anunciou esse dia (palavra de Jesus confirmada pelo próprio Deus).
Porque não seguimos fábulas engenhosas quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, pois nós fôramos testemunhas oculares da sua majestade. Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando pela Glória Magnífica lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; e essa voz, dirigida do céu, ouvimo-la nós mesmos, estando com ele no monte santo.
Jesus lhes disse: “Digo-lhes a verdade: Por ocasião da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do homem se assentar em seu trono glorioso, vocês que me seguiram também se assentarão em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel (Mt 19.28).
Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então recompensará a cada um segundo as suas obras (Mt 16.27).
8) 3.2: os apóstolos anunciaram esse dia.
Para que vos lembreis das palavras que dantes foram ditas pelos santos profetas, e do mandamento do Senhor e Salvador, dado mediante os vossos apóstolos (Mt 16.27) ;
Vejamos ainda algumas considerações de Pedro:
1) 3.8 Deus estabeleceu Seu tempo.
Mas vós, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.
2) 3.9 Se parece demorar é para dar oportunidade de arrependimento.
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se.
3) 2.9,10: salvará os justos e condenará os ímpios (justos: justiça de Cristo).
Também sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar para o dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados;
4) 3.11 Santidade e piedade (propriedade de Deus e conduta correta diante de Deus).
Ora, uma vez que todas estas coisas hão de ser assim dissolvidas, que pessoas não deveis ser em santidade e piedade.
5) 3.12-13 Aguardando e desejando sua vinda e novos céus e novas terras (Ap 21.1,5).
Aguardando, e desejando ardentemente a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se dissolverão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça.
6) 3.14 Imaculados, irrepreensíveis e em paz.
Pelo que, amados, como estais aguardando estas coisas, procurai diligentemente que por ele sejais achados imaculados e irrepreensível em paz;


2 Co 5.17: Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!
Rm 8.11: E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês.
Ap 21.5: Aquele que estava assentado no trono disse: “Estou fazendo novas todas as coisas!” E acrescentou: “Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário